domingo, 16 de setembro de 2018

RESUMOS



RESUMOS

I CONGRESSO INTERNACIONAL DE
FILOSOFIA LATINO-AMERICANA DA UNILA
Perspectivas e desafios da integração-Latino-Americana
24 a 27 de setembro de 2018
(em ordem alfabética dos autores)



CÉUS SOBRE AS FRONTEIRAS:
Uma conversa sobre astronomia Avá-Guarani,
multiculturalidade e suas representações.
Me. Aroldo da Silva Tavares
(UNIOESTE/ Rede Municipal de Ensino- PR)


Esta fala apresenta-se como uma conversa interdisciplinar baseada, principalmente na metodologia proposta pela micro-história. Tendo como problemática central as reminiscências da astronomia Avá-Guarani e sua transmissão, tanto na educação formal quanto na informal. O objeto de estudo foram os Avá-Guarani da aldeia Tekoa Ocoy e, principalmente, os alunos e servidores do Colégio estadual Indígena Teko Ñemoingo. No entanto, as discussões se estenderam pela região da tríplice fronteira, em especial, a cidade de Foz do Iguaçu. Buscamos uma aproximação dos sujeitos reais e também uma análise dos discursos emitidos por eles e sobre eles. Também verificamos algumas construções e usos feitos por essas representações, tanto pelos indivíduos quanto pelas instituições e grandes projetos. Apontamos a astronomia Avá-Guarani como característica cultural fundamental que, ao ser preservada, ressignificada e transmitida, torna-se um elemento de formação  identitária. Verificamos uma cultura indígena em transformação que, ao entrar em contato com outras formas de saber, sobretudo o escolar, o não indígena, ela se adapta. A astronomia nos revelou sujeitos reais e sua cultura dinâmica, existindo na fronteira, no mais amplo sentido, territorial, cultural, e econômico, ressignificando sua existência e identidade a cada dia.





Educação intercultural na América Latina: possibilidades e desafios
Dra. Cláudia Battestin (UNO Chapecó) e
Dr. Jorge Alejandro Santos (UBA - AR)

Buscamos aproximar um diálogo entre o mundo da Filosofia e da Educação através de um diálogo intercultural na américa latina, uma vez que, o caráter colonial apresenta amarras de exclusão e segregação que influenciaram a forma de pensar e criar no decorrer dos tempos nas fronteiras geográficas e do conhecimento. Considerando a preocupação que se configura a transformação estrutural das sociedades latino-americanas, buscamos evidenciar o aspecto plural, complexo e original da construção da perspectiva da educação intercultural através da experiência, possibilidade e desafios, esses são pressupostos do nosso lugar de fala. Lugar esse, possível de socializar uma experiência de educação intercultural e prática decolonial na formação de professores indígenas kaingang no oeste de Santa Catarina.




Existe filosofia brasileira?
Dr. Claudinei Luiz Chitolina
(PUCPR/UNESPAR - PR)

O presente trabalho pretende examinar e discutir a questão: existe filosofia brasileira? Embora tenha sido tratada por pensadores e intel1ectuais brasileiros, esta questão reaparece agora revestida de maior0 interesse e urgência no debate filosófico latino-americano diante da necessidade de se repensar os problemas e os desafios histórico-culturais do pensamento (filosófico) brasileiro. Supostamente problemática e controversa tal questão continua instigando e desafiando nosso pensamento. Em que pese o fato de que existe filosofia no Brasil, dado que entre nós existem cursos, estudos, revistas, sociedades e eventos de filosofia, assim como traduções e comentários de obras filosóficas, não parece possível dizer, ipso facto, que existe filosofia genuinamente brasileira (gestada e desenvolvida em nosso solo pátrio). Para responder à questão que nos propomos, dividimos o texto em três seções. Na primeira seção discute-se o que é a filosofia, sua origem e natureza. Busca-se, neste sentido, compreender não apenas o que é o pensamento filosófico, mas por que filosofamos? Trata-se de caracterizar, de algum modo, a natureza do pensamento filosófico e seus critérios de validação. Na segunda seção, pretende-se discutir as raízes histórico-culturais do pensamento filosófico, a relação entre fatos e ideias, o lugar desde onde se filosofa, a fim de compreender seu significado cultural. Na terceira seção objetiva-se responder à questão: por que (não) existe filosofia brasileira? Para tanto, propomos algumas hipóteses explicativas, que ancoradas na história da filosofia ocidental podem servir de argumento para sustentar a tese da (in)existência de filosofia brasileira, a depender do que se entende por filosofia.





Geopensamiento: una trama del Pensamiento Ambiental Latinoamericano
Doutorandas Diana Alexandra Bernal Arias e
Elisabete de Fátima Farias Silva
(UNICAMP - SP)

En el rostro de la filósofa colombiana Ana Patricia Noguera presentamos una de las tramas del Pensamiento Ambiental Latinoamericano: el Geopensamiento y su propuesta ético-estética. Apoyada en la fenomenología husserliana con su mundo de la vida y la critica a las ciencias y en Heidegger, por su propuesta de un habitar poético, Noguera (2004) busca recuperar el entramado de la vida (CAPRA, 1999), mirando un desvelar de las poéticas de la tierra, una filosofía geopoética (PARDO, 1991; PINEDA, 2014). Así, el geopensamiento emerge de la tierra en ethos ambiental preguntándose por la forma como habitamos. Este pensamiento se da en la comprensión de la Lengua de la tierra (PARDO, 1991) que nos invita a cambiar el entramado de símbolos de una cultura occidental desterrada, desarraigada y esquizofrénica (ÁNGEL, 2002) y de un pensamiento que está contra la tierra (NOGUERA, 2015). Procurando de este modo reformar profundamente el pensamiento con la ambientalización del pensar, a través de un giro ambiental que evoca la sutura cuerpo-tierra (NOGUERA, 2012). La tarea es filosófica, histórica y geográfica desvelándonos como en este geopensamiento el habitar es poético y como el habitar en estas tierras, en este sur, más que tratar del ser, trata del estar, un estar-sur profundo (NOGUERA, 2012, 2015; KUSCH, 1976).




           
Saberes emergentes e práticas de resistência: a ação política contemporânea
Dr. Edson Teles
(UNIFESP-SP)

O objetivo desta comunicação é refletir sobre o modo como as lutas específicas e a organização própria de movimentos de direitos humanos são traduzidos, transitam, sofrem o bloqueio ou se potencializam na relação com as instituições de Estado e suas políticas públicas. Para tanto, utilizaremos o recorte histórico da democracia brasileira no período pós ditadura, cuja forte marca foi a frágil garantia de efetivação dos direitos e o constante acionamento de estados de exceção. Focando no choque entre os coletivos em processos de luta social e a astúcia das políticas de Estado, pretendemos analisar as características de uma ação de resistência e de validação de saberes não autorizados por uma política representativa e institucional. No contexto de redemocratização, o conflito epistemológico não somente limitou e anulou saberes, mas também produziu a partir deles uma proliferação de vocabulários e de modos de conduzir os conflitos por parte das instituições. Lançados de volta às extremidades das lutas políticas e sociais, estes saberes autorizados são, em alguma medida, reconhecidos e, por vezes, descolonizados pelos sujeitos em luta. Intentamos debater de que forma a ação política em torno dos discursos dos direitos humanos apareceu como um cálculo de forças e, em última instância, como pragmática e objeto de estratégias de governo. Trata-se de buscar compreender e analisar, sob o compromisso de trazer à tona, de fazer emergir, as lutas locais, paralelas, orgânicas, singulares, desqualificadas que se chocam com a política dos especialistas, da fala autorizada, do cálculo do ato possível realizado em nome de uma governabilidade.




Filosofia da Ancestralidade: uma filosofia de base africana recriada pelo
 brasileiro Eduardo de Oliveira
Doutoranda Elisabete de Fátima Farias Silva e
Mestrando Henrique Fernandes Moreira Neto
(UNICAMP - SP)

A Filosofia da Ancestralidade, por Eduardo de Oliveira (2007), busca dialogar filosoficamente com a educação das relações étnico-raciais no Brasil. Lídr dos grupos de pesquisa “RedeAfricanidades” e “Griô”, sócio-fundador do Instituto de Filosofia da Libertação e, atualmente, vinculado ao Doutorado Multi-institucional e Multidisciplinar em Difusão do Conhecimento (UFBA), o filósofo Eduardo de Oliveira apresenta a Ancestralidade como categoria analítica, em seu pensamento. De múltiplas influências teóricas, o professor baiano se baseia nas filosofias africanas (pensamento negro-africano na Antropologia, Filosofia e Literatura e Afrocentrismo), latino-americanas (libertação de Dussel e pensamento social negro no Brasil), intercultural (do grupo Corredor das ideias - Conesul) e a filosofia da diferença (francesa). Na Filosofia da Ancestralidade, as experiências diaspóricos de África, em contato/conflito com as experiências indígenas e europeias, são compreendias em suas fronteiras e encruzilhadas. Já que o processo de continuidade-ruptura se apresenta enquanto desafio, tanto para não se negar a permanência da cultura africana entre os latino-77americanos, quanto para não se manter a ingenuidade de que a cultura africana tenha raízes atávicas na América. Tendo a cosmovisão africana enquanto epistemologia e a ancestralidade enquanto ontologia, A Filosofia da Ancestralidade tem no mito, no rito e no corpo seus componentes singulares e adentra na relação trans-histórica e trans-simbólica dos territórios estabelecidos no Brasil. O conceito de Ancestralidade é construído para além de relações consanguíneas ou de parentesco simbólico, contribuindo à produção de sentidos, a partir da recriação de uma filosofia de base africana.



La dimensión simbólico- identitaria de la integración latinoamericana. ¿Identidad (es) compartida (s) más allá (y mas acá) de las asimetrías y la intergubernamentalidad?
Doutorando Ernesto Dufour
(UBA - AR)

Los estudios académicos sobre integración latinoamericana - campo hegemonizado por  economistas y especialistas en relaciones internacionales (RRII) -  tendieron a soslayar los aspectos culturales conforme a la preeminencia de factores políticos y económicos que asumieron un carácter prioritario. Tales urgencias descansaban en el supuesto que frente a los imperativos de ampliar el mercado y de adquirir mayor poder de negociación en el plano internacional, “lo cultural” aparecía como una cuestión dada con base en la herencia colonial compartida  y la misma raíz lingüística y religiosa. Por añadidura, se asumía que dadas ciertas condiciones político-institucionales y económicas la identificación de los pueblos y sociedades con el proceso integrador emergería de manera más o menos espontánea. Si bien la dimensión cultural involucrada en los esfuerzos de integración no fue desconocida tendía a aparecer de manera tangencial, no representaba un eje a trabajar a nivel programático en arreglo a las urgencias económicas y políticas de primer orden.
Sin embargo, la dimensión cultural en sentido amplio – entendida como el conjunto de representaciones, imaginarios e identificaciones con base territorial, respecto del sí mismo tanto como del “otro” a integrar y la propia región-, cobra centralidad a partir de la plena vigencia de los sentidos de pertenencia nacional, más allá de sus eventuales erosiones, resignificaciones y /o reapropiaciones, configurados a partir del siglo XIX.
De allí derivan concepciones del “interés nacional” que pueden no necesariamente confluir con un potencial “interés regional”, o bien, asumir “lo regional” como mera plataforma de proyección de particularismos configurados con base en unidades políticas de base nacional. Esto es, visiones de lo nacional en sentido restringido, de carácter endogámico e idiográfico, excluyentes de lo latinoamericano en tanto “otredad” y no como parte constitutiva del propio proceso histórico de formación territorial.
La cuestión remite a las ideas y sentidos subyacentes internalizados respecto de “nuestra nación” y de las “otras” a integrar en torno a identificaciones con base territorial –“ser argentino”, “ser brasileño”.. ¿“ser latinoamericano?”- que ofician de marco de percepción para las prácticas sociales en general y la acción socio-política regional, en particular.
Los esquemas de integración en curso -Mercosur, UNASUR, CELAC-  enfrentan un cúmulo de problemas estructurales de índole (geo) político, socio-territorial y productivo en el marco de la crisis del capitalismo global y la “crisis existencial“ de la paradigmática Unión Europea como telón de fondo. Las expectativas en torno al involucramiento de la población como garantía de profundización de los proceso de integración -las  “anchas bases populares”, al decir de Felipe Herrera- pueden verse frustradas si son procesadas desde esquemas perceptivos propios del “nacionalismo de patria chica”. La “colisión” de los conjuntos nacionales ampliados – cada uno de ellos con su densidad histórica y cultural- puede generar que las notables asimetrías estructurales, el desacompasamiento de sus sistemas políticos y la multiplicidad de las formas socio-culturales cristalizadas sean asumidos como elementos de distanciamiento y fragmentación antes que un locus de acción política mancomunada. En definitiva, ¿es posible concebir algún tipo de unidad política continental sin la emergencia de un demos o latinoamericano? 
El planteo hasta aquí esbozado, habilita una línea de investigación en la cual pueden articularse procesos de subjetivación- politización- espacialización  indagando las condiciones de posibilidad y realización ( sociopolíticas, socio-institucionales, ideacionales) para la eventual emergencia del “sujeto de la integración latinoamericana“. De aquí, la necesidad de repensar a escala regional  la relación entre Identidad(es), (multi/trans) Territorio y Política (s)  y  las  prácticas socio-territoriales y simbólicas que los ligan, religan e imbrican.   

           


Sobre organizar uma obra intercultural, interdisciplinar, bilíngue
Dra. Francisca Paula Soares Maia
(UNILA)

Esta mesa visa falar um pouco do que moveu a organização do livro que lhe confere o título, bem como abrir espaço para que alguns dos seus autores exponham suas ideias sobre o capítulo que publicaram nesta obra e o desafio de concebê-la.





Pensamentos em ginga: O filósofo como um artista marcial
Doutorando Felipe Araujo Fernandes
(UFRJ- RJ)

Os filósofos são aqueles que desafiam os problemas, que convocam para um duelo seus adversários. Nesse sentido enxergamos o filósofo como um artista marcial, por sua esfera enquanto artista e enquanto guerreiro. Para tanto, é necessário que o filósofo exercite essas suas habilidades, para que saiba trabalhar melhor suas armas. Nesse sentido concordamos com Deleuze, que aponta os conceitos filosóficos como "ferramenta de combate", e também Nietzsche, que sugere a ideia do filósofo guerreiro. No atual cenário político-social essa perspectiva se faz muito oportuna, uma vez que o enfrentamento é, em muitos casos, uma necessidade, por vezes de sobrevivência. É preciso conhecermos os inimigos, a nós mesmos e as possibilidades de enfrentamento. Se faz importante utilizar nossa inteligência marcial, nosso pathos guerreiro, para quando chegar o momento do embate. Muitas são as técnicas e modalidades marciais, mas dispomos no Brasil de um sistema complexo e potente; a capoeira, que possui uma "essência triádica": luta-dança-jogo. Observando a capoeira podemos extrair importantes ensinamentos para que nosso corpo-mente saibam como se comportar diante dos problemas-adversários que se apresentam diante de nós e que, por vezes, precisamos desafiar para o combate, chamar para o "jogo". Nesse sentido, a filosofia não se resume a ser uma mera teoria, uma contemplação ou mesmo reflexão sobre o mundo. É, na verdade, uma prática, uma forma de intervenção no real. Essa é nossa defesa: a necessidade de uma "ginga de pensamentos".

           



Pensamento Ameríndio: a luta pela terra enquanto posicionamento cosmopolítico.
Dr. Gustavo Fontes
(UFPR-PR)

A presente proposta de comunicação é um desmembramento da pesquisa que venho desenvolvendo no doutorado em Filosofia da UFPR, a qual busca analisar o pensamento ameríndio tomado a partir de duas das suas maiores lideranças, Ailton Krenak [2015] e Davi Kopenawa [2015], enquanto posicionamento cosmopolítico. Este último termo indica e pressupõe uma crítica à cosmologia ocidental moderna (Latour [1994 - 2015], Stengers [2002 - 2014]), a qual, a partir da Filosofia e da Ciência, busca abarcar todos os mundos, relegando o pensamento de outros povos à mera representação supersticiosa.  A este paradigma opõe-se o que vem se chamando de autodeterminação ontológica dos povos ameríndios (Viveiros de Castro [2002- 2015]; Bruce Albert [2002 – 2015]) o qual propõe uma análise deste pensamento que tome por princípio sua contemporaneidade absoluta, e que leve absolutamente a sério seus posicionamentos quanto às questões atuais a partir de seus próprios referenciais cosmopolíticos. Percorrido este primeiro itinerário teórico, pretende-se acenar para uma questão concreta que vem a ser a luta pela terra empreendida por estes povos e vocalizada pelos pensadores supracitados, enquanto esfera de tensa e intensa tradução cosmopolítica, no que tange ao diálogo com o Estado (brasileiro) e a pauta ambiental.




O caráter da filosofia em América Latina -
A importância deste debate na conjuntura atual 
Me. Gustavo Marcial Prado Romero
(UFABC - SP)

É de fundamental importância retomar o tema da existência ou não de uma filosofia latino-americana, principalmente no momento atual. Pois grande parte desta relevância consiste no caráter de sua prática, ou seja, em sua autenticidade. Este tema, célebre na tradição da filosofia acadêmica de América latina, não está restrito apenas a esta região do mundo, também é indiretamente abordado por eminentes nomes da filosofia mundial. Neste sentido, a formulação da existência ou não de uma filosofia, implicaria antes na definição de sua natureza – o que ela é? Trata-se assim de um tema de inegável seriedade, se o que se pretende é transformar a realidade, principalmente quando ela não é favorável. Por isso, com todas as limitações do caso, aqui se pretende lembrar a formulação da impossibilidade de existir filosofia nesta região, enquanto ela estiver submersa no subdesenvolvimento. Ou, então, que esta filosofia deveria se afirmar lutando contra essa opressão; e, com isso, abrir um novo horizonte de civilização para toda a humanidade. Deste modo, se pretende abordar esta temática a partir do livro “¿Existe una Filosofia de Nuestra América?” de Augusto Salazar Bondy.




Fausto Castilho, historiador da Filosofia e Filósofo brasileiro
Dr. Hélio Ázara de Oliveira
(UFCG - PB)

A presente comunicação tem como primeiro objetivo revisitar a antiga polêmica em torno da “inexistência” de uma Filosofia nacional e da consequente redução dos departamentos de Filosofia brasileiros à mera história da Filosofia [de outros países]. Como se 11sabe, foi comum até recentemente afirmar-se que a Filosofia no Brasil é a história da Filosofia, que nossas graduações devem conseguir como resultado: “uma sólida formação de história da filosofia, que capacite para a compreensão e transmissão dos principais temas, problemas, sistemas filosóficos, assim como para a análise e reflexão crítica da realidade social em que se insere” (Parâmetros Curriculares Nacionais, 2000, pag. 389). Essa visão é ainda dominante e a ANPOF recorrentemente se manifesta no sentido de que a Filosofia no Brasil é história da Filosofia. Tudo se passaria como se a Filosofia e a realidade nacional não se cruzassem em nenhum momento e que a Filosofia é sempre algo exterior, que deve ser “traduzida” para uma realidade nacional.  Como um segundo objetivo pretendemos mostrar o diálogo crítico do Filósofo Fausto Castilho (1929 – 2015) com a história da Filosofia Europeia e a elaboração de uma Filosofia própria e em diálogo com a Vida Nacional. Propomos, nesse sentido, que a importância da posição de Fausto Castilho está em uma crítica tanto da improvisação filosófica, de um lado, quanto da profissionalização esterilizante, de outro, procurando uma síntese entre os assim chamados “autodidatas” e os “historiadores” da filosofia.





Como a representação pode ser justa na democracia?
Dra. Idete Teles
 (UNILA)
           




Enegrecendo epistemologias: mulheres negras rompendo fronteiras
Mestranda Izabela Fernandes de Souza
(ICAL - UNILA)

Este trabalho buscará discutir as relações interseccionais que tangenciam as práticas e o cotidiano de mulheres negras periféricas. Almejamos aproximar-se e localizar a história e os desafios de suas lutas, na intenção de dialogar com seus saberes como referências intelectuais, tal como entender suas vivências e identificar as fronteiras que habitam, tanto em seu aspecto geográfico, nacional, político/filosófico e simbólico, como também as fronteiras de gênero, raça e classe que as caracterizam. A partir de suas experiências cotidianas, almeja-se entender como estão resistindo, habitando e tensionando as fronteiras que as cercam. No decorrer dessa abordagem buscaremos nos aproximar sobre o tema, discutindo as relações e construções que tangem o saber histórico, entendendo que existem perspectivas históricas que se consagram como hegemônicas, e ao se reproduzirem cooperam na manutenção de uma estrutura social e psíquica, que realça um status quo de patrão colonialista/patriarcal e racista. Sendo assim, trataremos de reconhecer os epistemicídios produzidos pela branquitude, buscando nos aproximar dos debates que tangenciam as noções históricas, reconhecendo possíveis aportes metodológicos que podem atuar e ser utilizados com a finalidade de contrapor e disputarnovas perspectivas históricas. Para tanto, partiremos por uma abordagem feminista interseccional e decolonial, que almeja enegrecer as epistemologias e formulações clássicas. Nessa linha, acolhendo ao que ressalta a filósofa e ativista do movimento negro Sueli Carneiro, nos direcionaremos via uma perspectiva feminista negra e periférica, que emerge da condição específica do ser mulher negra e, em geral, pobre, atendendo uma discussão de gênero subalternizada.





Reflexiones sobre la filosofía afrófona. Relevancia y desafíos
Dr. Jean Bosco Kakozi Kashindi
(UNILA)

Durante la colonización europea en África, se impuso y se difundió el uso de las lenguas europeas, principalmente en las instituciones coloniales (la administración, la universidad, los colegios, etc.) Hoy la mayoría de los filósofos y/o intelectuales africanos son de la expresión “eurófona”, pues producen ciencia y literatura en lenguas europeas; no obstante, la mayoría de los africanos no habla en su día a día o, incluso, a veces ni entiende a cabalidad dichas lenguas. Para enfrentar ese problema, la filosofía afrófona emerge como una de las posibilidades a explorar. La propuesta de esa filosofía es partir de lenguas africanas para pensar creativamente la realidad africana y producir ciencia y literatura. De todas las áreas de conocimiento, la literatura africana se destaca en cuanto a uso de lenguas africanas, de ahí la importancia de esa literatura como herramienta importante para el despliegue de la filosofía afrófona. La relevancia de dicha filosofía es, por un lado, luchar contra el eurocentrismo de la filosofía académica que ha negado a pueblos colonizados, en ese caso a africanos, el atributo humano de razón, y, por otro lado, reflexionar críticamente sobre distintas cuestiones filosóficas desde un horizonte africano y, en cierto grado, de la diáspora africana. Los desafíos de tal propuesta se relacionan con la colonialidad en todas sus vertientes (poder, saber, ser…) Quiere decir, la colonización cultural “occidental” de las mentes africanas y la extroversión del poder político y económico de la mayoría de los países africanos son retos enormes para la filosofía afrófona.



Filosofia e descolonização: diálogo com filósofas latino-americanas
Dra. Joana Tolentino
(UFRJ - PR)

Em que sentido práticas de ensino e filosofias descolonizadoras, com um referencial de autoras latino-americanas, podem redimensionar pesquisas e estudos filosóficos? A partir do fortalecimento de epistemes de matrizes não-europeias, o quanto conseguimos tensionar e provocar uma reorientação no cânone filosófico e no ensino de filosofia? A proposta neste trabalho é dialogar com algumas filósofas latinoamericanas, como Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro e Alcira Bonilla, com sua produção conceitual, buscando fundamentar aberturas para filosofar e ensinar a filosofar de modo mais criativo, autêntico e propositivo, para além do eurocentrismo hegemônico. O objetivo é fortalecer caminhos para práticas de pesquisa e ensino em filosofia focadas na descolonização, capazes de abarcar nossas tradições plurais e interculturais de pensamento – lainoamericanas, afrodiaspóricas, indígenas. Alinhada à perspectiva das pesquisas ativistas, desenvolvidas por intelectuais militantes, nos propomos a valorizar múltiplos referenciais filosóficos, na busca por um alargamento daquilo que compreendemos como filosofia, abrindo fissuras numa tradição que costuma ser identificada a um saber exclusivamente branco, masculino, norte-centrado. Objetivamos, assim, enegrecer e engenerizar a universidade e a academia, povoar o cânone filosófico com saberes originários, encarnados, forçando a ampliação da história da filosofia, seu ensino e currículo, a fim de incluir as mulheres filósofas, bem como filosofias latinoamericana, africana, indígena, oriental. Desse modo, intencionamos a superação dos silenciamentos, desqualificações, apagamentos, invisibilizações tão comuns à tradição filosófica, potencializando que a filosofia e seu ensino operem numa chave de democracia, contribuindo para o respeito às diferenças e o fortalecimento da convivência democrática.




Transnacionalidade dos descendentes coreanos na região fronteiriça
entre Brasil e Paraguai.
Mestrando João Rodrigues Chiarelli
(UFSC/UNILA/ISAPE)

Debate acerca da transnacionalidade fronteiriça da comunidade de descendentes coreanos em Foz do Iguaçu e Cuidad del Este, tendo como tema de debate, a questão sobre nação, nacionalidade, reconhecimento (HONNETH, 2003), identidade (MACHADO et al., 2011). A pesquisa trata acerca do relato e convivência da comunidade de paraguaios e brasileiros descendentes de coreanos que se organizam em torno de atividades religiosas e sociais. A pesquisa em si é um ensaio inicial sobre a temática e a importância da compreensão, por parte de demais nacionais brasileiros e paraguaios, sobre esta comunidade e a condição da formação de uma identidade transnacional (LESSER, 2015) que negocia sua localidade entre os três – ou quatro –nações.




            El problema del ser en la historia del Perú 
Dr. Johnny Octavio Obando Moran
(UNILA)

Aquí se formula el problema  de la subjetividad desde los inicios de la historia  del Perú, su condición premoderna, su interrelación con la constitución  de la subjetividad al advenir el  estado-nación, y los momentos del proceso de éste; el proceso de las subjetividades situando primero su lado filosófico internacional y, luego, sus específicas formas en la historia nacional; una primera formulación del problema de las camadas categoriales engendrado por este proceso de las subjetividades desde la expresión nacional; el problema e implicaciones de la autocomprensión como tal, como autocomprensión y autoentendimiento de los problemas  aledaños; y, finalmente,   se tratará de constituir una reconstrucción sistemática y unitaria de los bloques de problemas y de sus respectivos niveles; todo lo anterior, que es la interrelación de lo histórico y lo lógico conceptual,  nos sirve apenas para entrever explícitamente nuestro proceso al concebir el ser y la necesidad de develar los déficits como subjetividad implícita; y tornar contemporánea, i. e, ontológico-dialéctica nuestra subjetividad.



                       


Educação intercultural na América Latina: possibilidades e desafios
Dr. Jorge Alejandro Santos
(UBA- AR)

Buscamos aproximar um diálogo entre o mundo da Filosofia e da Educação através de um diálogo intercultural na américa latina, uma vez que, o caráter colonial apresenta amarras de exclusão e segregação que influenciaram a forma de pensar e criar no decorrer dos tempos nas fronteiras geográficas e do conhecimento. Considerando a preocupação que se configura a transformação estrutural das sociedades latino-americanas, buscamos evidenciar o aspecto plural, complexo e original da construção da perspectiva da educação intercultural através da experiência, possibilidade e desafios, esses são pressupostos do nosso lugar de fala. Lugar esse, possível de socializar uma experiência de educação intercultural e prática decolonial na formação de professores indígenas kaingang n4o oeste de Santa Catarina.

                       



Cosmologia Guarani e subjetividade transfronteiriça
Dr. Julio Moreira
(UNILA)

Este trabalho aborda um conflito permanente relatado por membros de comunidades Avá Guarani das regiões de Guaíra e Terra Roxa, no Oeste do Paraná, Brasil, por serem abordados nos países fronteiriços (Paraguai e Argentina) por autoridades que lhes demandam documento de identidade e permissão de trânsito migratório. Esse conflito tem revelado questões profundas, tais como a colonialidade do poder / colonialismo interno na relação entre Estado e povos originários, e os furos nas teorias jurídico-políticas sobre soberania e fronteiras dos Estados-nação. Por tais elementos, este trabalho ganha relevância nas discussões sobre Filosofia Latino-Americana. Utilizamos a expressão Cosmologia Guarani, em um diálogo conceitual entre cosmologia e filosofia, e com as temáticas de geografização da filosofia (Dussel) e filosofia intercultural (Fornet-Betancourt). Sem hierarquizar pensamentos, estamos nos referindo a cosmologia como uma explicação comunitariamente partilhada sobre o cosmos, que fundamenta formas de saber e uma estrutura social e comunitária de pensamento, valores, justificativas e pontos de partida para a ação. Uma tal definição se assemelha a usos da palavra filosofia para se referir a cosmologias de povos originários da América Latina, como se diz, por exemplo, filosofia andina, filosofia guarani, filosofia amazônica – sendo tudo isso, ao mesmo tempo, diferente de uma generalizante e quase indefinível “filosofia latino-americana”. Para analisar o problema da exigência de documentos de pessoas indígenas na região de fronteira, passaremos pelos seguintes conteúdos: construção do cenário, sobre a geografia, cartografia e territorialidade dos povos Guarani; a construção posterior das fronteiras nacionais posterior à existência desses povos e a problemática do colonialismo interno; a imposição de uma cultura estatal escrita como parte desse colonialismo; as noções de Teko e Tekoha que não cabe no conceito de território; a mobilidade territorial como característica dos povos Guarani; o dispositivo da Convenção 169 da OIT sobre povos indígenas em regiões de fronteira; a diferença entre pessoa fronteiriça e transfronteiriça; a subjetividade Guarani não cabe na noção de sujeito de direito e de cidadão nacional; o conceito de cidadania universal (Ferrajoli), que se aproxima mais da subjetividade Guarani e incorpora a noção de reciprocidade.




Una Estética Andina: Gamaliel Churata Desde El Indigenismo
Dr. Ladislao Landa Vásquez
(UNILA)

En la elaboración del gran libro El pez de oro, e literato Arturo Peralta Miranda (Gamaliel Churata) tuvo un gran propósito, trazar una matriz autónoma para la crítica literaria y hallar los principios básicos de una estética andina. En esta comunicación proponemos rastrear aquellos criterios para demarcar los aportes de la civilización americana (y en particular la de aquellos ubicados en los hoy denominados andes peruano-bolivianos) con respecto a los conceptos de belleza y hermosura. La propuesta churatiana parte desde un pensamiento indígena, la cual es comparada también con otros parámetros fuera del mundo andino.




A recepção de Nietzsche no Brasil: Wilson Lins e “Zaratustra me contou”
Lays Silva Santos
(UESC - BA)

A proposta deste trabalho é a de apresentar as percepções preliminares acerca da obra “Zaratustra me Contou...”, do escritor baiano Wilson Lins, como parte do projeto de pesquisa “A recepção de Nietzsche no Brasil a partir da Bahia: Wilson Lins e sua circunstância”. Este tem como finalidade, além da análise das obras de Lins, tendo-as como fundamental para os estudos no que diz respeito à recepção de Nietzsche no Brasil, contribuir para a percepção da existência e validade de uma filosofia brasileira e de sua historicidade. Lins, por meio de sua formação ancorada na leitura dos “clássicos”, inicia um percurso rumo a resposta à pergunta, “Que é ser brasileiro?”. O trabalho dispõe-se à analisar e tentar compreender como realizou-se a influência do filósofo alemão na senda filosófico-literária do baiano para concepção de sua identidade baseada no conceito nietzschiano de “espírito livre”.




O conceito de alegoria, segundo Benjamin no Cinema marginal brasileiro
Lucas Bezerra da Silva
(UNESP - SP)

O presente trabalho procura mostrar na análise de alguns filmes do Cinema marginal brasileiro a presença do conceito de alegoria tal como apresentado pelo filósofo Walter Benjamin em sua obra A origem do drama barroco alemão. Para tanto, utilizaremos como referência teórica as análises feitas pelo crítico de cinema Ismail Xavier em sua obra Alegorias do subdesenvolvimento. Nessa obra, o crítico destaca a presença de uma abordagem alegórica de certos temas caros a filmes produzidos no período de 1967 à 1969 como O bandido da luz vermelha (1968) e Matou a família e foi ao cinema (1969).  Em A origem do drama barroco alemão Benjamin define a alegoria como uma forma, a expressão, pela qual o teatro barroco pôde expressar sua concepção de história frente ao seu contexto social da Contrarreforma. O cinema marginal brasileiro também apresenta um tratamento alegórico para abordar temas relacionados ao contexto político brasileiro do final dos anos 60 e início dos anos 70.



Colonialidade da Natureza e dos Recursos Naturais na
Perspectiva de Eduardo Gudynas
Lucas Gabriel Pereira Monte
(DRUSA-UNILA)

O referido estudo tem como foco a abordagem da concepção de colonialidade da natureza para Eduardo Gudynas com ênfase no entendimento eurocêntrico de uma natureza selvagem, suscetível a adestramento e que serviu de legitimação para o progresso econômico concomitantemente com a proposta moderna de desenvolvimento. Ademais, será apresentada a diversidade da compreensão sobre natureza considerando o caráter hegemônico de algumas visões que, são apropriadas pelo discurso capitalista e, de forma mais concisa, a colaboração de um grupo, denominado por Arturo Escobar como programa de investigação modernidade/colonialidade, para o avanço científico dos estudos sobre colonialidade. A história moderna criada a partir de Europa acarretou em impactos imensuráveis em todo o globo e principalmente na região conhecida hoje como América Latina, e esses impactos vão para além do colonialismo. Portanto, o conceito de colonialidade, criado por Aníbal Quijano, é fundamental para a compreensão da modernidade como um fenômeno essencialmente europeu que esmaeceu, sobretudo, outras formas de conhecimento.




A desconstrução da escrita: uma questão de linguagem e de pluralidade
Doutoranda Maíra de Paula Coelho
 (UERJ - RJ)

O trabalho pretende abordar algumas questões que desenvolvi na pesquisa de mestrado sobre o pensamento da desconstrução a partir das considerações sobre o conceito de escrita abordado por Jacques Derrida. A proposta do presente trabalho será, portanto, a de colocar em discussão o logocentrismo, o centrismo do logos, a hierarquização e os binarismos do pensamento filosófico europeu, dando enfoque para a relação entre a fala e a escrita. Para isso, serão abordadas algumas ideias presentes nos textos de Derrida sobre tal temática no que se refere à linguagem e à língua à luz do horizonte de discussão sobre os espaços de pensamento e de sabedoria no contexto pós-colonial de debate filosófico, para além dos limites eurocêntricos. O trabalho visa, assim, discutir pelo viés da linguagem, da desconstrução e da diferença as questões filosóficas sobre o processo de interação entre fala e escrita e a análise dos efeitos das relações hierárquicas e autoritárias de poder colonial na vivência da língua, seja escrita, falada. Ao tomar o pensamento de Derrida como possível orientação para levar a cabo tal discussão será utilizada como referência bibliográfica inicial o texto O monolinguismo do Outro Ou a prótese de origem, no qual o autor tematiza tais questões de modo mais específico.



A via reta e o círculo. História providencial e eterno retorno em Borges
 Dr. Marcio Suzuki
(USP- SP)

A ideia de eterno retorno não é apenas uma abstração, uma experiência de pensamento em Borges, ao contrário do que geralmente se afirma. O eterno retorno faz parte de sua compreensão mais ampla do que é a experiência do tempo e da história, compreensão esta que envolve também uma retomada da temporalidade "providencial" do cristianismo. A comunicação procurará apresentar o embate entre a visão cíclica e a visão progressiva do tempo e da história, que aparece tanto nos ensaios quanto, por exemplo, no conto "Os teólogos".




Hacia una hermenéutica para una nueva matriz cultural
Dr. Marcos José Szyszkowski
(UCAMI - AR)

El pensamiento Latinoamericano necesita despertarse a nuevas posibilidades de interpretación de su ser basándose en propuestas enmarcadas dentro de un espacio de la comunicación dialógica. Precisa nuevas propuestas que nos permitan abandonar los viejos esquemas de confrontación dicotómica cuya respuestas históricas se han bifurcado entre un reverente mimetismo o una aireada declaración de guerra a todo pensamiento surgido en otras latitudes. Sin negar su origen, pero buscando su propio camino e identidad del ser latinoamericano, precisa hacer pie en sus convicciones comprendiéndose desde una nueva matriz cultural posibilitadora de un cambio de perspectiva respecto a su que hacer filosófico de manos de una hermenéutica situada. En tal sentido, este estudio, consciente de sus limitaciones, pretende colaborar en la búsqueda de aportes significativos dirigidos a mejorar problemas referidos a la polarización del pensamiento y a la posibilidad de nuevos conocimientos en el campo de la filosofía. Partiendo de la cuestión cultural heredada, nos introduciremos a los “proceso dialectico”  (identificación/confrontación) que se establecieron históricamente con la filosofía europea, y permitieron el inicio de un pensamiento situado desde otros esquemas mentales y de pensamiento. Finalmente, se explicitarán desde los elementos que brinda la hermenéutica el esbozo de la constitución de una quehacer filosófico no excluyente, sino integrador de una nueva matriz cultural libre, en lo posible, de vicios condenatorios o miméticos.



Diálogos entre Filosofia e Epistemologia:
a Integração Latino-americana em questão
Dra. Maria Adelia Aparecida de Souza
(IEA/USP- SP)



O comunismo para Marx e Engels e atualizações possíveis.
Dra. Maria Cristina Longo Cardoso Dias 
(UFRN- RN)



           
La perspectiva intercultural de la filosofía latino-americana como
propuesta de integración.
Dra. María Luz Mejías Herrera
(UNILA/Santa Clara - Cuba)

Una de las perspectivas más discutidas y abordadas teóricamente en el  contexto del  filosofar latino-americano es la reflexión  en  torno al sentido intercultural de la Filosofía.
Dicha direccionalidad no anula la vasta tradición de estúdios continentales sobre la identidad cultural y la integración, en la medida que incentiva el diálogo y reconocimiento mutuo entre las diversas culturas latino-americanas.
El presente trabajo se plantea como objetivo explicar la esencia y consecuencias que há traído para el desarrollo de la Filosofía en América Latina, la filosofía intercultural.
Esta, se erige actualmente como discurso programático en pos de promover el diálogo abierto y la visión cognoscitiva de las tradiciones culturales, universales   y latino-americanas. La ponencia presenta a su vez, algunas   reflexiones sobre el desarrollo que sigue esta filosofía en nuestro continente.


Bergson: sociedades abiertas y cerradas.
Una reflexión sobre el límite del nosotros, en enfrentamiento con los otros
Dra. Mariana Urquijo Reguera
(Univ. Cat. de las Misiones- AR/ Univ. Complutense de Madrid - ES)

El principio de identidad es nuestra herramienta para conocer la realidad: esto es esto y no lo otro, esto es así y no asá. Se complementa pues con el principio de no contradicción: esto no puede ser y no ser a la vez y en la misma relación. Es el método cultural de establecer fronteras que determinan qué es lo uno y lo otro,  el yo y el tu, el nosotros y el vosotros. De la lógica a la política, son las que establecen fronteras físicas, imaginarias o conceptuales. Es condición de posibilidad y límite a su vez de la forma en que construimos nuestra identidad y nos relacionamos con el entorno en cuanto otro y otros.
Límites y determinaciones que tienen un origen biológico pero se concretan culturalmente y que describen lo que Bergson denomina “sociedades cerradas” que viven en un mundo hacia adentro, protegiéndose y defendiéndose, mientras expulsan y se oponen a lo de afuera. Bergson plantea la posibilidad de dar un salto cualtitatvo y crear “sociedades abiertas” que no se oponen a las primeras, son de naturaleza diferente, cualitativamente.
Dos actitudes no excluyentes, abierta y cerrada donde lo abierto abre la posibilidad de imaginar la atenuación de las guerras y de los conflictos, de construir los valores de la tolerancia, la hospitalidad, la amistad y en fin, el amor, como aceptación de la diferencia.



           
Racionalidad Indígena Andina
Dr.. Mario Mejía Huamán
(URP - Peru)

El filósofo Francisco Miró Quesada Cantuarias, sostiene que la experiencia más común que tienen los seres humanos es que tienen problemas. Existir es tener problemas. El tener problemas exige resolverlos.
Es así que, los indígenas del mundo andino y por extensión, los de otros espacios, han resuelto sus problemas de diferentes maneras. En tal sentido lo que queremos demostrar es que, existe una racionalidad indígena andina, la misma que por ser diferente a la europea, no fue reconocida, menos aceptada por el conquistador; esta apreciación aún hoy no ha sido superada, ya que se continúa pensando que únicamente lo que viene de Europa es: lo mejor, lo verdadero, lo correcto, lo justo, lo perfecto y lo humano. Todavía se piensa que los indígenas no razonamos.




Os Desafios da Luta contra o Neoliberalismo na Amèrica Latina
Ma. Marlene de Fátima Rosa (UNIOESTE)

O progresso do neoliberalismo na América Latina tem dificultado cada vez mais as condições de vida de grande parcela da população desse território. O número de novos movimentos sociais que surgiram nas últimas décadas, para lutar contra as políticas do neoliberalismo, tem crescido expressivamente. A mobilização desses movimentos sociais conseguiu derrubar vários governos e levar ao poder novas forças políticas, na tentativa de modificar o panorama econômico da América Latina. No entanto, os governos de esquerda que chegaram ao poder, não conseguiram romper com a estrutura vigente e pouco avançaram no combate ao neoliberalismo. Superar as questões que impedem a implantação de um novo projeto político, que vise amenizar as desigualdades sócias de nosso tempo, é algo imprescindível e urgente.  Neste sentido, o objetivo deste estudo é analisar alguns desafios que dificultam o rompimento de políticas neoliberais e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Para fazer tal análise, nosso estudos está respaldado em autores latino-americanos, como Boron(2003), Rojas Aravena (2003), Sánchez(2004), Cueva(1987).




Pensar Latinoamérica: Considerações epistemológicas e conceituais para uma análise econômico-política em Integração Contemporânea da América Latina
Mestranda Marta Cerqueira Melo
(ICAL/UNILA)

O objetivo deste trabalho consiste em justificar a tomada dos conceitos de colonialidade do poder e superexploração da força de trabalho como pressupostos fundamentais para uma análise econômico-política da realidade latino-americana. Parte-se, para tanto, do tratamento dos desafios metodológicos que acompanham o emprego da tradição de pensamento ocidental para a compreensão dos processos e fenômenos sociais que têm efeito em territórios que foram atravessados pela colonização levada a cabo sobre os povos do mundo desde a Europa. Após a consideração das mediações teóricas e ético-políticas possibilitadas pelas noções de geopolítica do conhecimento e diferença colonial, sugere-se o emprego da noção de geocultura em justaposição à de geopolítica na apreciação da dinâmica social-histórica latino-americana. Em termos disciplinares, trata-se de uma aproximação entre os campos da Economia Política e das Humanidades, com o apoio de estudos que versam sobre cultura e território.



Tensiones en la búsqueda de la identidad educativa de América Latina.
Dr. Miguel Ahumada Cristi
(UNILA)

Se pretende realizar una exposición y diálogo sobre las tensiones, problemas, oportunidades y aciertos en la construcción histórica de la identidad pedagógica latinoamericana. Se analizarán, desde una perspectiva filosófica, conceptos claves de esta construcción, tales como: colonialismo y aculturación, pedagogía tradicional, escuela nueva, educación popular y pedagogías críticas. Como fin último, y más importante, se procurará analizar y debatir (con rigor científico-filosófico) la tensión que genera el giro hermenéutico de la pedagogía: de la búsqueda de la formación integral a la pedagogía del desarrollo económico, i. e., el versus entre las fuerzas neoliberales en educación y los movimientos pedagógicos, y sociales, de resistencia.




El Escenario Latinoamericano Actual. El Poder y sus Políticas en Función de la Desintegración Definitiva de Nuestros Pueblos.
Dr. Miguel Angel Falcón Padilla.
(Inst. Sup. Licenciada Myriam Gloss - AR)

La concepción cultural de Nuestra América toda, se rediseña, en los marcos de las interpretaciones del poder. Es el poder, como estructura, la que provee de determinados instrumentos a la política, la economía y a la sociedad para y desde sus intereses propios, dibujar en los imaginarios sociales diferentes interpretaciones de la vida real.
Así y en consecuencia directa de su influjo, el poder, desencadena desde su teoría, la trama de un espectáculo. Generalmente, los actores, son los actores sociales, que siguiendo determinados guiones pre establecido, establecen las escenas comunes de la vida latinoamericana.
De esas escenas, casi costumbristas, aparecen, de un lado, la pobreza, la miseria, la indigencia, el desgaste ecológico, la denigración humana en su concepto propiamente humano. Del otro lado, los centros de poder, los grandes conglomerados financieros, los ejecutores de ajustes, los concentrados antidemocráticos y anti populares.
En este contexto regional, se debate la vida propia de más de dos tercios de sus poblaciones totales, que viven bajo los índices de pobreza e indigencia, sin techo, sin trabajo, sin alimentación segura, sin acceso a la educación y a la salud. Todos, derechos humanos elementales para la supervivencia humana.
Desentrañar las concepciones del poder hegemónico y el poder financiero, exponer las principales consecuencias de la pobreza regional, el hambre global y el desequilibrio ambiental en función de la rentabilidad y la ganancia, son los ejes esenciales de esta presentación. Así como destacar comparativamente los retrocesos en materia de cooperación regional, educación, salud, bienestar social,  entre otros.




A propósito de la filosofía implícita en algunas letras de tango
Dr. Néstor Luis Cordero
(Universidade de Rénnes - FR)




Um oceano desértico entre a Europa e a América
Ma.  Patrícia de Araújo Costa
(UFF - RJ)

Este presente artigo pretende relacionar a arqueo-genealogia de Michel Foucault e a desconstrução de Jacques Derrida para pensar sobre a edificação histórica jesuítica como ficcional (como um verdadeiro imanente, isto é, ela não é falsa) no que envolve a “descoberta” do Brasil pelos portugueses. Através das cartas dos jesuítas portugueses e suas impressões sobre o “novo mundo”, que se apresentara inicialmente à sua chegada como edênico, tendo em vista, que os índios que habitavam o que se tornaria o Brasil, foram vistos primeiramente como puros e, sem pecados. Ainda com os jesuítas é possível verificar a mudança desta perspectiva, que ocorreu, principalmente, devido aos modos “culinários” dos indígenas, que não deixavam de comer carne humana sempre que possível; e a falta de profundidade em relação à fé cristã, pois mesmo que os índios atuassem de forma convincente nas missas e nos cultos católicos, para os portugueses não havia profundidade verdadeira em relação aos sentimentos indígenas para com as crenças jesuíticas. Assim sendo, os jesuítas entendiam que os indígenas eram superficiais.
Tendo em vista estas questões, o problema da identidade será investigado a partir da arqueo-genealogia de Foucault, para pensar a questão da identidade indígena tendo em vista a ficção portuguesa. Levando em conta que para Foucault a alteridade é construída por um outro, neste caso, os jesuítas são este “outro” que constroem a alteridade indígena através da uma compilação documental. A História não existe, o que há é a análise histórica, deste modo, não há método a priori e sim, a posteriori. É o poder o que organiza os discursos, pois o universal é aquilo que é construído nos discursos. Para Derrida, por sua vez, só há alteridade, deste modo, ele não está preocupado com o discurso jesuíta, mas com a marca, o documento e, a partir disto, a desconstrução pode prosseguir. Derrida propõe uma lógica da escrita, isto é, uma substituição da escrita da presença pela escritura, trata-se, deste modo, de operar a desconstrução das funções identitárias.




A perspectiva cosmológica do discurso sobre o ser ameríndio
            Dra. Patricia Nakayama
(UNILA)
           


                       
 El Estado-Nación iberoamericano: reflexiones sobre sus desafios identitarios.
Dr. Samuel Oliveros Calderón
(Univ. Holguin -Cuba/ UNILA)

Esta mesa visa falar um pouco do que moveu a organização do livro que lhe confere o título, bem como abrir espaço para que alguns dos seus autores exponham suas ideias sobre o capítulo que publicaram nesta obra  e o desafio de concebê-la.



           
O professor no exílio:
As identificações estruturantes autoritárias do projeto escola “sem” partido.
Dr. Sidney N. de Oliveira
(UFPB - PB)

A escola deveria ser a priori, um espaço constituído e (re) construído pela diversidade, pelas diferenças e pelo respeito radical das mais legitimas singularidades. O espaço escolar vai mais além da formação técnica e teórica. É pela educação escolar que todo sujeito é inserido no campo democrático e institui no campo social a construção coletiva da cidadania. É na ruptura dessa alteridade que se erguem as ideologias e as pedagogias totalitárias. É a partir do enfraquecimento da autonomia do sujeito, da desqualificação das críticas e da interdição das utopias que se reforçam e ampliam as práticas totalitárias na sociedade. A escola tem papel chave e pendular na emancipação dos sujeitos ou na sua opressão.
O projeto escola “sem” partido, partindo de premissas totalitárias, dedica-se a fundamentar uma pratica educacional sustentada por uma lógica classista e por sua sustentação política e econômica com fortes apelos emocionais e uma interpretação medíocre das principais categorias filosóficas que sustentam a educação formal. Apesar da ênfase no individual e na competitividade, há uma premissa de uniformidade e unidade universal e padrão. Uma axiologia infantilizada e hedonista alinhava esse corpus ideológico.
Outro ponto central do projeto escola “sem” partido a precarização do trabalho docente, após ruir as condições de trabalho, qualificação profissional e a saúde mental avançou sobre as duas últimas grandes fronteiras: a dignidade e o respeito da carreira docente e a autonomia e liberdade de cátedra.  Essa condição era fundamental para tirar o professor de seu lugar e desloca-lo para uma posição compatível com submissão, alienação e a opressão. Deslocado de sua condição anterior o professor pode ser continente desse ódio e censura. E é justamente por esse movimento que a delação só é possível se na relação se destitui o lugar da transferência.
Igualmente as ideologias totalitárias, essa perspectiva se institui e se dissemina na consciência imediata do sujeito, na edificação de sua subjetividade e na validação dos critérios e definições da verdade. É, no silenciamento da crítica e na delação de seus porta-vozes, que se erguem seus mecanismos de recalque, punição ou vigilância. Suas intervenções visam desvalorizar sujeitos e culturas que não sejam capturados pelo modelo hegemônico. Os processos de interdição simbólica e imaginária elegem, habitualmente, a sexualidade, o gênero, a raça ou a ideologia como focos de combate.
Projetos de resgate da alteridade e utopias coletivas emancipatórias são esvaziados. Somente uma saída coletiva e critica pode viabilizar o enfrentamento do projeto da escola “sem” partido exige novos destinos para o desejo em um contexto de igualdade na diversidade e de respeito radical as singularidades.





O Desafio da Intersecionalidade no Pensamento da Integração e
dos Direitos Humanos.
Mestranda Stephany Dayana Pereira Mencato
(ICAL-UNILA)   

Não será alvo do presente trabalho a compreensão dos debates e práticas de Direitos Humanos e integração Latino-Americanos, se situando a pesquisa em momento anterior a fim de compreender as bases para um pensamento crítico biopolítico, feminista, decolonial destes debates. O desafio da intersecionalidade é formulado por meio de ampla pesquisa bibliográfica, compreendendo em especial Foucault, Butler, Lugones e Mignolo. A aproximação do pensamento biopolítico com a crítica queer e o giro ao feminismo decolonial, tem como resultado a percepção do desafio que apresente aos debates de integração e direitos humanos na América-Latina a intersecionalidade entre gênero, sexo, colonialidade, raça e
classe. O objetivo do trabalho está na articulação de bases sobre as quais será possível debater Direitos Humanos e integração na América Latina em pesquisas seguintes por meio destes pilares. Chega-se a conclusão de que o pensamento daquilo que Mignolo chama de esferas de controle a partir dos 4 níveis interrelacionados, englobando o controle da economia; da autoridade; do gênero e da sexualidade; e do conhecimento e subjetividade, antes de nos apresentar uma conclusão a estes debates, nos firma este desafio para pensar muito além dos debates tradicionais, universais, capitalistas e hegemônicos.




Prácticas plurilingues e intercompreensión:
reflexiones sobre la enseñanza en contextos académicos bilíngues
Dra Valdilena Rammé
(UNILA)

Esta mesa visa falar um pouco do que moveu a organização do livro que lhe confere o título, bem como abrir espaço para que alguns dos seus autores exponham suas ideias sobre o capítulo que publicaram nesta obra  e o desafio de concebê-la.




Os não europeus podem ter pensamento próprio?
Mestranda Valentinne Serpa
(PUCRS)

De acordo com Rodolfo Kusch, na América há uma forma oficial de proceder e uma forma privada de proceder. A primeira, aprendemos na universidade, essa consiste essencialmente em um conjunto de questões europeias traduzidas para a linguagem filosófica. Já a segunda está implícita em nosso modo de pensar, tanto nas ruas como no meio rural e em casa. Kusch não quer que rejeitemos a filosofia ocidental, e sim, que procuremos, o que mais tarde ele vai chamar de ‘pensamento próprio’. Isto é, perder o medo de pensar por si próprio, medo este instigado pela força das diferenças coloniais epistêmicas e ontológicas. Observamos que a/o colonizada/o, geralmente, presume pertencer à ontologia na qual as classificações a/o colocaram. Ao percebermos tal truque, dissociamo-nos e começamos a andar por nós próprios. Em vez de traduzirmos e reproduzirmos problemas europeus para a nossa língua filosófica como é ensinado na América, também na Ásia e na África. O pensamento próprio de Kusch é referente à liberdade de apropriação da filosofia ocidental e à dissociação da forma oficial de estudar. Dissociação implica desobediência epistêmica. E esta foi a resposta de Kusch ao desafio da filosofia continental para os filósofos do Terceiro Mundo. O objetivo do trabalho é pensar em que o pensamento próprio acarretou e ainda pode acarreta em nossas peculiaridades e resistências latino-americanas




A Produção Intelectual de Moisés Bertoni na Tríplice Fronteira e o
Problema da Descolonização
Dra. Viviane Bonfim Fernandes
(UNIOESTE - PR)

A vasta produção intelectual de Moisés Bertoni pode ser usada enquanto um grande campo de pesquisa, e nos possibilita uma maior aproximação com a civilização guarani, a qual padece, por parte das populações colonizadoras de um desconhecimento e de um desinteresse em conhecer, advindo do processo de subjugação que essa população sofreu em relação à cultura colonizadora aqui implantada desde a chegada do europeu nessa região. Em consequência desse processo colonizatório temos como resultado também, um desconhecimento daqueles que procuraram fazer diferente, daí a importância dessa pesquisa dentro do movimento giro de-colonial, dar visibilidade a quem procurou romper com a epistemologia colonizadora. A tentativa é de recuperar uma cultura perdida pelo descaso e desvalorização da cultura indígena impresso em nossa sociedade, na esperança que esse conhecimento possibilite uma ressignificação da história e memória da região trinacional, proporcionando uma maior integração. Visto que as fronteiras traçadas historicamente não necessariamente separam radicalmente as populações que habitam essa região. Cabe discutirmos sobre a influência da cultura guarani na formação da identidade da região trinacional, aqui falamos não mais em fronteiras rígidas, impermeáveis e impenetráveis, e sim na constatação de um novo conceito na geopolítica internacional, a condição transfronteiriça da dinâmica cultural que permeia a formação cultural dos povos dessa região.



O neoliberalismo na América Latina do século XXI e
seus impactos sociais: um olhar necessário
Dr. Wolney Carvalho
 (UNILA)

A presente discussão visa destacar a trajetória de quase 5 décadas de neoliberalismo e seus impactos sobre tudo nas demandas sociais enquanto possibilidades de ampliação democrática. Para tanto analisar-se-á a dinâmica da acumulação capitalista e as perspectivas de desenvolvimento que essa, via de regra, tem proporcionado para a América Latina frente ao avanço do capital financeiro na etapa neoliberal. Ademais, objetiva-se avaliar o papel do Estado capitalista latino-americano em sua transição de Estado liberal para Estado neoliberal, seus reflexos sobre as questões econômicas, políticas e sociais, bem como na própria soberania nacional.  Nessa direção, o que se constata é que o avanço neoliberal tem se mostrado incapaz de resolver a problemática do desenvolvimento dependente latino-americano, bem como expressa-se enquanto antítese do liberalismo em se tratando da construção de um Estado de bem-estar social e do avanço democrático.


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